Login
  • 0
    Não existem produtos adicionados ao carrinho

Mimetismo e Camuflagem

Ref. Mimetismo e Camuflagem

Mimetismo e Camuflagem

Partilhar

Os recifes de coral são caracterizados pela sua incrível diversidade. Devido a esta, diversas interessantes interacções foram desenvolvidas. Algumas destas interacções são o mimetismo e a camuflagem. Nas quais um organismo beneficia por se assemelhar visualmente outro organismo (mimetismo) ou alguma parte do seu ambiente (camuflagem). O mimetismo e camuflagem permitem, na maioria dos casos, evitar predadores, mas também existe casos nos quais facilitam a captura das suas presas.
Existem diversas formas de mimetismo, batesiano, Mülerriano, Peckhamiano e social. No mimetismo é considerada a espécie que assume a identidade falsa, o mímico (ou espécie mimética), enquanto que o organismo imitado é denominado modelo.



Mimetismo Batesiano

O mimetismo batesiano ocorre quando quando a espécie mimética e o modelo vivem no mesmo espaço geográfico ao mesmo tempo, mas não interagem de forma directa. Habitualmente, o modelo é uma espécie “pouco apetecível” para os predadores, seja por serem venenosos, tóxico, pelos afiados espinhos, ou até mesmo pelo sabor desagradável. Por exemplo, alguns peixes (Platax Pinnatus) imitam vermes achatados (Platyhelminthes). Estes vermes raramente são ingeridos por predadores devido ao seu sabor desagradável e/ou toxicidade.



Outro exemplo, de mimetismo batesiano, existe entre o betta marinho (Calloplesiops Altivelis) e a moreia (Gymnothorax Meleagris). Quando ameaçado, o betta marinho irá se esconder parcialmente, deixando exposta a sua cauda. A forma da parte traseira deste peixe possui uma semelhança impressionante com a cabeça de uma moreia, que tipicamente é encontrada apenas com a sua cabeça exposta.


Mimetismo Mülerriano

O mimetismo mülerriano ocorre quando dois animais com um predador comum, partilham características de aviso similares. Caso o predador tenha tido uma má experiencia com algum destes animais, irá, posteriormente evitar ambos. Este tipo de mimetismo é melhor exemplificado, em aquariofila de água salgada, por blennies, que são venenosos, e partilham semelhanças. Exemplos disso são os Meiacanthus Grammistes, Meiacanthus Lineatus, Petroscirtes Breviceps e Petroscirtes Fallax.


Mimetismo Peckhamiano

O mimetismo peckhamiano ocorre quando a espécie mimética é o predador, imitando o modelo de modo a se aproximar da sua presa. Um exemplo deste mimetismo é o falso bodião-limpador (Aspidontus Taeniatus), que, imita o bodião-limpador (Labroides Dimidiatus). Os Labroides Dimidiatus são raramente vítimas de predação devido ao seu papel essencial de limpeza no recife. Os Aspidontus Taeniatus imitam tanto a coloração, como o comportamento destes, e, assim que um peixe se aproxima para “ser limpo”, os Aspidontus Taeniatus mordem as suas escamas e/ou barbatanas, e rapidamente se escondem. As vítimas não mortais destes ataques podem reconhecer e/ou distinguir a espécie agressora do modelo, e evitar o contacto com estes, atacar e até mesmo persegui-los.


Mimetismo Social

O mimetismo social é encontrado em espécies que formam cardume. Um indivíduo que se destaque dos restantes membros de um cardume, será, mais vulnerável a predação. Logo, a espécie mimética irá imitar o modelo (de uma espécie que forme cardume), juntando-se-lhes de forma a minimizar o risco de predação. Um exemplo deste mimetismo é o caso dos Ecsenius Midas, que imita o padrão de cores das anthias (P. Squamipinnis), e se junta ao seu cardume.
 
 

Relacionados

Continuar a navegar no nosso website implica a aceitação da nossa Política de Cookies - Saiba mais aqui